sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

A fumaça de um incenso é pior do que a de um cigarro

Esta matéria foi retirada de um importante site de Yoga no Brasil: http://www.yoga.pro.br/artigos.php?cod=727&secao=3023

Caros navegantes yogis,
Namastê! Não faz parte da política editorial deste website republicar notícias veiculadas na mídia que possam estar relacionadas ao Yoga. Não obstante, neste caso, ficamos alarmados com esta notícia, uma vez que todos sabemos o quanto o uso do incenso é difundido nas escolas de Yoga.

É verdade que quase a totalidade dos incensos baratos que se conseguem no Brasil são tóxicos. Às vezes, nós sentimos fortes dores de cabeça que podem estar vinculadas com o uso destes incensos de qualidade duvidosa. Ao que parece, não se fazem mais incensos como antigamente.

Um pacote do incenso que nós trazemos da Índia para nosso uso pessoal, custa mais caro lá do que os incensos importados aqui. Não é um bom negócio, ao que parece, trazer incenso de boa qualidade, já que o preço ficaria proibitivo e a concorrência é grande.

A receita tradicional do agarbatti, incenso indiano em forma de vareta, que é o mais popular aqui no Brasil, inclui ingredientes como estrume seco, ghee, resinas nobres e ervas medicinais e aromáticas e um longo e lento processo artesanal de elaboração.

No entanto, comerciantes desonestos perceberam que nós aqui não entendemos muito do assunto e assim, fomos invadidos nos últimos tempos por uma enxurrada de incensos industriais que, quase sempre, deixam bastante a desejar. Não é pelo fato do incenso ser fabricado na Índia, que ele é necessariamente de boa qualidade.

Como solução alternativa para purificar ambientes, propomos o uso de aromatizadores elétricos ou com vela, que purificam o ambiente através da vaporização de óleos essenciais naturais. Mesmo assim, tenha cuidado na escolha desses óleos essenciais, pois alguns deles são químicos e podem produzir os mesmos efeitos tóxicos dos incensos de má qualidade.

Seguem abaixo as duas notícias publicadas respectivamente nos websites da Veja e da Folha de São Paulo.
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A fumaça de um incenso é pior do que a de um cigarro
Da Veja Online

Uma avaliação realizada pela Pro Teste, a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor, aponta que a fumaça de um incenso pode ser mais prejudicial à saúde do que a de um cigarro. Ao pesquisar os componentes da fumaça de cinco marcas, a associação observou que todos os produtos exalam substâncias altamente tóxicas.

Divulgado pelo jornal Folha de S. Paulo neste domingo, o teste revelou que, queimando um incenso todos os dias, por exemplo, a pessoa inala a mesma quantidade de benzeno contida em três cigarros – algo em torno de 180 microgramas por metro cúbico. O benzeno é uma substância cancerígena. Outro vilão encontrado no incenso foi o formol, altamente concentrado – cerca de 20 microgramas por metro cúbico –, que irrita as mucosas e provoca reações alérgicas em muita gente.

De acordo com a Pro Teste, o consumidor não sabe como os incensos são feitos e quais substâncias está inalando. Não há no Brasil nenhuma lei que obrigue os fabricantes e importadores do produto a informarem o comprador. Diz a reportagem do jornal que nas cinco marcas avaliadas (Agni Zen, Big Bran, Golden, Hem e Mahalakshimi), todas indianas, não há sequer o nome do distribuidor brasileiro na embalagem.

Preocupada com os usuários brasileiros que costumam queimar um incenso pensando que estão purificando o ambiente, a Pro Teste reivindica que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) faça um estudo sobre o impacto dos produtos na saúde. Pede ainda que a agência elabore regulamentação para a produção, importação e venda no Brasil.

Publicado originalmente em 9 de março de 2008 no website http://www.vejaonline.com.br/.

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Teste mostra que fumaça de incenso é prejudicial à saúde
CLÁUDIA COLLUCCI, da Folha de S.Paulo, em Brasília

Usado desde a Antigüidade com sentido de purificação e proteção, o incenso acaba de receber sinal vermelho da Pro Teste, a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor. Cinco marcas avaliadas mostram que daquela fumacinha, aparentemente inocente, exalam substâncias altamente tóxicas.

Queimando um incenso todos os dias, por exemplo, a pessoa inala a mesma quantidade de benzeno --substância cancerígena-- contida em três cigarros, ou seja, em torno de 180 microgramas por metro cúbico. Há também alta concentração de formol, cerca de 20 microgramas por metro cúbico, que pode irritar as mucosas.

As substâncias nem de longe lembram as especiarias aromáticas com as quais o incenso era fabricado no passado, como gálbano, estoraque, onicha e olíbano. Se há uma leve semelhança, ela reside na forma obscura da fabricação. No passado, o incenso era preparado secretamente por sacerdotes.

Hoje, o consumidor também não é informado como esses produtos são feitos e quais substâncias está inalando. O motivo é simples: por falta de regulamentação própria, os fabricantes de incenso não são obrigados a fazer isso.

Nas cinco marcas avaliadas (Agni Zen, Big Bran, Golden, Hem e Mahalakshimi), todas indianas, não há sequer o nome do distribuidor brasileiro na embalagem. Muito menos a descrição de quais substâncias compõem o produto. A Folha tentou localizar as empresas, por meio dos nomes dos incensos, mas, assim como a Pro Teste, não teve sucesso.

A avaliação foi feita a partir da simulação do uso em ambiente parecido com uma sala. Segundo a Pro Teste, foi medida a emissão de poluentes VOCs (compostos orgânicos voláteis) e de substâncias passíveis de causar alergias, como benzeno e formol. As concentrações foram medidas após meia hora do acendimento.

Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da Pro Teste e colunista da Folha, alerta que os aromatizadores de ambiente, como o incenso, são vendidos sem regulamentação ou fiscalização, o que representa perigo à saúde.

"Os consumidores pensam que se trata de produtos inofensivos, que trazem harmonia e, na verdade, estão inalando substâncias altamente tóxicas e até cancerígenas."

A Pro Teste reivindica que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) faça um estudo sobre o impacto dos produtos na saúde e elabore regulamentação para a produção, importação e venda no Brasil.

Consumidora
"Estou surpresa. Acendo incensos diariamente há 20 anos no momento em que faço minhas preces no altar budista que tenho na sala. É uma forma de agradecimento às divindades e de limpeza energética. Jamais pensei que eles pudessem fazer mais mal do que bem", diz Renata Sobreira Uliana, 49.

O resultado dos testes também surpreendeu os médicos. "Nunca li nenhum artigo científico a respeito disso, mas é um dado muito interessante, que vai fazer a gente repensar a forma de liberar esse tipo de produto", diz José Eduardo Delfini Cançado, presidente da Sociedade Paulista de Pneumologia.

Clystenes Soares Silva, pneumologista da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), explica que nem pessoas predispostas a desenvolver quadros alérgicos (como rinite e asma) nem pessoas saudáveis devem se expor aos incensos.
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Publicado originalmente em 9 de março de 2008 no website http://www.folha.com.br/

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Meditação andando


"Quando praticamos a meditação andando chegamos a todo momento.
Nosso verdadeiro lar é o momento atual.

Quando entramos profundamente no momento presente, nossas queixas e preocupações desaparecem, e descobrimos a vida, com todas as suas maravilhas.

Fazendo isso, superamos a dispersão e habitamos pacificamente no momento atual, que é o momento absoluto de conscientização para nós."

Thich Nhat Hanh
Mestre Zen vietnamita que mora na França em Plum Village

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Yoga e religião


O que é Yoga? É um esporte, uma atividade física, uma recreação, um hobby, uma religião? Ou é uma disciplina, como o estudo da lei ou a prática da medicina? Pode-se dizer que, de certa maneira, a prática da yoga se assemelha a todas essas atividades.

Com relação à religião, é importante diferenciar esta palavra de outro termo comumente associado a ela: espiritualidade. A espiritualidade tem a ver com a vida interior, o entendimento que cada um tem de si e de seu lugar no universo, que evolui constantemente – a “busca de sentido” da humanidade. Religião, por outro lado, pode ser vista como a contraparte externa da espiritualidade, a estrutura organizacional que é dada para o processo espiritual individual ou coletivo: os rituais, doutrinas, orações, cantos e cerimônias, e as congregações que se reúnem para partilhá-los.

Muitos ocidentais vêm para a yoga primeiramente pelos benefícios de saúde. Porém, com o tempo, a maioria das pessoas que se abrem à yoga começa a encontrar os benefícios de seus efeitos mais sutis sobre a mente e as emoções. Em outras palavras, começam a ver a yoga como uma prática espiritual. O fato de tantos yogis relatarem experiências espirituais em suas práticas indica como devemos olhar essa antiga arte. Porém, como na yoga não há credos, dogmas ou congregações, ela não pode ser chamada propriamente de religião.

Segundo Swami Sivananda, em seu livro Bliss Divine, "o Yoga não é uma religião, mas um auxílio à prática das verdades espirituais básicas em todas as religiões." Diz ainda que "a prática de Yoga não se opõe a nenhuma religião. Ela é puramente espiritual e universal. Não contradiz a fé sincera de ninguém. [...] O Yoga pode ser praticado por um Cristão ou um Budista, um Muçulmano, um Sufi ou um ateu."

Assim, a Yoga é um caminho que pode ser trilhado indistintamente por todos, quer sejam religiosos ou ateus, e especialmente por aqueles que não se detiverem apenas nas diferenças entre as várias escolas, mas que celebrarem as semelhanças entre todas elas.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Tadasana

Tadasana, a postura da montanha, é a posição mais básica do Yoga. É em geral a posição inicial para todos os outros asanas em pé. Esta posição ensina o alinhamento correto e pode ser uma prática excelente para melhorar a postura e alongar o corpo.

Fique em pé com as laterais dos dedões se tocando e os calcanhares levemente separados (se você se sentir desequilibrado, afaste um pouco os pés). Levante os dedos dos pés e abrindo-os volte a apoiá-los no chão. Sinta as solas dos seus pés conectadas com a terra, enquanto traz energia para cima pelas suas pernas, firmando os músculos das suas cochas e erguendo o peito. Enquanto você se enraíza através dos seus pés, deixe o topo da sua cabeça se estender em direção ao teto, alongando sua coluna e relaxando o sacro em direção ao chão, com os quadris encaixados. Deixe os joelhos afrouxados, sem travá-los.
Olhe suavemente em direção ao horizonte, com o queixo paralelo ao chão e o rosto relaxado. Relaxe os ombros e afaste-os das orelhas. Deixe os braços relaxados, estendidos ao longo do corpo. Respire algumas vezes, lenta e profundamente. Conecte-se com você mesmo, peceba seus pensamentos, sentimentos e energias e procure tranquilizá-los. Sinta a estabilidade e a serenidade da postura da montanha.

Você pode praticar esta postura em qualquer momento do dia – experimente enquanto espera em alguma fila!

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Chakras


Os chakras são centros psíquicos que regulam a entrada e saída de energia do nosso corpo, mantendo todo nosso corpo e mente trabalhando juntos.

São pontos de ligação entre vários planos (físico, mental, emocional). Eles se abrem ou se fecham de acordo com nossos pensamentos e sentimentos. Cada sensação, sentimento, pensamento e experiência que temos estão conectados a chakras específicos.

Os Vedas (textos indianos de aproximadamente 2.000 a. C.) contêm os mais antigos registros sobre chakras de que se tem notícia. Quando foram escritos, o Yoga já sistematizava o conhecimento e o trabalho energético dos chakras.

A palavra chakra vem do sânscrito e significa roda, disco, centro, plexo, pois os chakras se parecem com vórtices (redemoinhos), espirais que giram em alta velocidade, vibrando.

Existem milhares de chakras pelo corpo. Sete são os principais, começando da base da coluna até o topo da cabeça e cada um corresponde a uma das sete principais glândulas do corpo humano. Cada um destes chakras está em estreita correspondência com certas funções físicas, mentais, vitais, emocionais e espirituais.

Num corpo saudável, todos esses vórtices giram a uma grande velocidade, permitindo que o "prana" (energia) flua. Mas se um desses centros começa a diminuir a velocidade de rotação, o fluxo de energia fica inibido ou bloqueado, e disso resulta a doença. O estresse, por exemplo, pode descompensar os chakras.

Para que a mente, as emoções e o corpo físico trabalhem em perfeita harmonia, os chakras devem estar girando na freqüência correta.

O trabalho diário com as próprias energias, alinhando e balanceando os chakras traz melhorias em todos os aspectos da vida. Entre inúmeros benefícios, vitaliza o corpo físico, equilibra as emoções e traz clareza de pensamento, além de desenvolver autoconsciência.