terça-feira, 19 de maio de 2009

Sustentar a Luz

Se você não pode suportar olhar para a luz de uma vela, como poderá sustentar o brilho da luz do sol?

Se você não é capaz de sustentar o prazer numa relação, o que dirá sustentar a corrente cósmica de êxtase que o samadhi proporciona.

Olhar para a luz significa sustentar o prazer.

Superficialmente parece que o grande medo do ser humano é o sofrimento. No mais profundo você vai descobrir que o maior medo é o do prazer.

Prazer significa vida, vida é como a luz. E você, estando identificado com os aspectos sombrios da personalidade, identificado com a escuridão, é natural que tenha o prazer como um grande perigo porque a luz dissolve a escuridão e você vive o terror do aniquilamento.

terça-feira, 12 de maio de 2009

A Arte de Viver: Meditação Vipassana

Por S. N. Goenka (palestra)
http://www.dhamma.org/pt/art.shtml

Todos buscam paz e harmonia, porque isto é o que falta em nossas vidas. De quando em quando todos nós experimentamos agitação, irritação, desarmonia. E, quando somos atormentados por esses sofrimentos, não os restringimos a nós mesmos; freqüentemente os distribuímos aos outros também. A infelicidade permeia a atmosfera que circunda a pessoa que sofre e todos que entram em contato com ela também são afetados. Certamente, esse não é um modo apropriado de viver.

Devemos viver em paz com nós mesmos e em paz com os outros. Afinal, seres humanos são seres sociais, têm de viver em sociedade e lidar uns com os outros. Mas como podemos viver pacificamente? Como mantermo-nos em harmonia interior e mantermos a paz e a harmonia ao nosso redor, de forma que também os outros possam viver pacífica e harmoniosamente?

Para livrarmo-nos de nosso sofrimento, temos de saber a razão básica para sua existência, a causa do sofrimento. Se investigarmos o problema, torna-se claro que sempre que começamos a gerar qualquer negatividade ou impureza na mente, certamente nos tornaremos infelizes. Uma negatividade na mente, uma impureza mental não pode coexistir com a paz e a harmonia.

Como geramos negatividades? De novo, através da investigação, torna-se claro. Ficamos infelizes quando achamos que alguém age de uma maneira que não gostamos ou quando não gostamos de alguma coisa que acontece. Coisas que não desejamos acontecem e criamos tensão interior. Coisas que queremos não acontecem, alguns obstáculos aparecem no caminho, e novamente criamos tensão interior; começamos a atar "nós" internos. E, pela vida afora, coisas indesejadas continuam a acontecer e as desejadas podem ou não acontecer, e este processo de reação, de atar nós — nós górdios — faz toda a estrutura física e mental tão tensas, tão cheias de negatividade, que a vida torna-se um sofrimento.

Uma forma de resolver este problema é dar um jeito para que nada de desagradável aconteça na vida e que tudo aconteça exatamente como queremos. Temos de desenvolver o poder de fazer com que tudo que desejamos aconteça e o que não desejamos não aconteça, ou ter alguém com tal poder que nos ajude sempre que solicitarmos. Mas isso é impossível. Não há ninguém no mundo cujos desejos sejam sempre satisfeitos, em cuja vida tudo ocorre de acordo com sua vontade, sem nada indesejável acontecer. Fatos contrários à nossa vontade e ao nosso desejo constantemente ocorrem. Portanto, surge uma pergunta: como podemos parar de reagir cegamente às coisas de que não gostamos? Como podemos parar de gerar tensões e permanecer pacíficos e harmônicos?

Na Índia, assim como em outros países, pessoas sábias e santas estudaram esse problema — o problema do sofrimento humano — e encontraram uma solução: se algo indesejável ocorre e você começa a reagir gerando raiva, medo ou qualquer outra negatividade, então, você deve desviar sua atenção o mais rapidamente possível para uma outra coisa qualquer. Por exemplo, levante-se, pegue um copo d'água, comece a bebê-la e sua raiva não se multiplicará; pelo contrário, começará a diminuir. Ou comece a contar: um, dois, três, quatro. Ou comece a repetir uma palavra, ou uma frase, ou algum mantra: talvez o nome de um santo ou divindade na qual você tenha devoção. A mente se distrairá e, até certo ponto, você estará livre da negatividade, livre da raiva.

Essa solução foi útil, deu certo. Ainda dá. Praticando isso, a mente sente-se livre da agitação. Entretanto, essa solução atua apenas no nível consciente. Na verdade, ao desviar a atenção, você empurra a negatividade profundamente para o inconsciente e, nesse nível, continua a gerar e multiplicar a mesma impureza. Na superfície há uma camada de paz e harmonia, mas nas profundezas da mente jaz um vulcão adormecido de negatividade reprimida que, mais cedo ou mais tarde, explodirá em violenta erupção.

Outros exploradores da verdade interior foram ainda mais longe em sua busca e, experimentando a realidade da mente e da matéria neles mesmos, concluíram que desviar a atenção é apenas fugir do problema. Fugir não é a solução; você tem de enfrentar o problema. Toda vez que a negatividade surgir na mente, simplesmente observe-a, enfrente-a. Assim que começar a observar uma impureza mental, ela começará a perder sua força e lentamente ela murcha e desaparece.

Uma boa solução: evitar os dois extremos da repressão e da livre manifestação. Enterrar a negatividade no inconsciente não a erradicará; e permitir sua manifestação com ações verbais ou físicas prejudiciais apenas criará mais problemas. Mas se você apenas observar, então, a impureza desaparecerá e você estará livre dela.

Isso parece maravilhoso, mas será realmente praticável? Não é fácil encarar suas próprias impurezas. Quando a raiva surge, apodera-se de nós tão rapidamente que nem mesmo percebemos. Então, dominados por ela, falamos ou fazemos coisas que prejudicam aos outros e a nós mesmos. Mais tarde, quando ela passa, começamos a chorar e nos arrependemos, pedindo perdão aos outros e a Deus: "Oh, cometi um erro, por favor, me desculpe!". Mas da próxima vez em que nos encontrarmos numa situação semelhante, reagimos da mesma forma. Esse tipo de arrependimento não ajuda em nada.

A dificuldade é que não temos consciência quando uma impureza surge. Ela surge profundamente na mente inconsciente e, quando chega ao nível consciente, já ganhou tanta força que toma conta de nós sem que possamos observá-la.

Vamos supor que eu contrate um secretário particular e toda vez que a raiva surja ele diga: "olhe, a raiva está começando!". Como não sei a que horas ela começa, terei de contratar três secretários para os três turnos: manhã, tarde e noite! Suponhamos que possa arcar com isso e que a raiva comece. Assim que meu secretário me avise, "oh, veja — a raiva começou!" a primeira coisa que farei é repreendê-lo: "Seu tolo, acha que é pago para me ensinar?" Estou tão dominado pela raiva que bom conselho não adianta.

Suponhamos que o discernimento prevaleça e eu não o repreenda. Em vez disso, digo: "Muito obrigado. Agora preciso me sentar e observar minha raiva." Será que é possível? Ao fechar os olhos e tentar observar a raiva, o objeto da minha raiva imediatamente surge em minha mente — a pessoa ou o fato que a iniciou. Logo, não estarei observando a raiva pura, mas meramente o estímulo externo dessa emoção. Isso servirá apenas para multiplicar a raiva; e, portanto, não é a solução. É muito difícil observar qualquer negatividade abstrata ou emoção abstrata divorciada do objeto externo que originariamente foi responsável pelo seu surgimento.

Entretanto, alguém que atingiu a verdade última encontrou uma solução real. Descobriu que sempre que uma impureza surge na mente, duas coisas começam a acontecer simultaneamente no nível físico. Uma é que a respiração perde o seu ritmo normal. Começamos a respirar mais forte, sempre que a negatividade surge na mente. Isso é fácil de se observar. Num nível mais sutil, uma reação bioquímica começa no corpo, resultando numa sensação. Toda impureza irá gerar alguma sensação no corpo.

Isso oferece uma solução prática. Uma pessoa comum não pode observar impurezas abstratas da mente — medo, raiva ou paixão abstratos. Mas, com a prática e treinamento adequados, é muito fácil observar a respiração e as sensações corporais, ambas diretamente relacionadas às impurezas mentais.

A respiração e as sensações vão ajudar de duas formas. Primeiramente serão como que secretários particulares. Assim que uma negatividade surgir na mente, a respiração perderá sua normalidade; começará a gritar: "olhe, alguma coisa deu errado!". Eu não posso repreender minha respiração; tenho que aceitar esse aviso. Da mesma forma, as sensações vão dizer que algo vai mal. Então, sendo avisados, podemos começar a observar a respiração e as sensações e, muito rapidamente, veremos que a negatividade cessa.

Esse fenômeno físico-mental é como duas faces de uma moeda. Em uma das faces, estão os pensamentos e as emoções surgindo na mente; na outra, estão a respiração e as sensações corporais. Quaisquer pensamentos ou emoções, quaisquer impurezas mentais que surjam, manifestam-se na respiração e nas sensações daquele momento. Logo, observando a respiração ou as sensações, estamos, de fato, observando as impurezas mentais. Em vez de fugirmos do problema, estamos encarando a realidade como ela é. Como resultado, veremos que essas impurezas perdem sua força; não mais nos dominam como no passado. Se persistirmos, elas finalmente desaparecerão completamente e começaremos a viver uma vida pacífica e feliz, uma vida cada vez mais livre das negatividades.

Dessa forma, essa técnica de auto-observação mostra-nos a realidade em seus dois aspectos: interior e exterior. Previamente olhávamos apenas para fora, perdendo a verdade interior. Procurávamos sempre fora de nós a causa de nossa infelicidade; sempre culpávamos e tentávamos modificar a realidade externa. Ignorantes da realidade interior, nunca entendemos que a causa do sofrimento está dentro de nós, em nossas reações cegas às sensações boas e ruins.
Agora, com o treinamento, podemos ver o outro lado da moeda. Podemos tomar consciência da respiração e também do que acontece dentro de nós. O quer que seja, respiração ou sensação, aprendemos a simplesmente observá-la sem perder o equilíbrio mental. Paramos de reagir e de multiplicar nosso sofrimento. Ao contrário, deixamos as impurezas se manifestarem e desaparecerem.

Quanto mais praticamos essa técnica, mais rapidamente as negatividades desaparecerão. Pouco a pouco, a mente tornar-se-á livre de impurezas, tornar-se-á pura. Uma mente pura é sempre cheia de amor — amor desinteressado por todos os outros; cheia de compaixão pelas falhas e sofrimentos dos outros; cheia de alegria pelo seu sucesso e felicidade; cheia de equanimidade diante de qualquer situação.

Quando alguém atinge esse estágio, todo o seu padrão de vida muda. Não é mais possível fazer ou falar qualquer coisa que perturbe a paz e a alegria dos outros. Em vez disso, uma mente equilibrada não apenas torna-se pacífica, mas a atmosfera que cerca uma tal pessoa também se tornará permeada de paz e harmonia, e isso influenciará e ajudará a outros também.

Aprendendo a permanecer equilibrado diante de todas as coisas que se experimentam dentro de si, desenvolve-se o desapego também a tudo o que se encontra nas situações exteriores. No entanto, esse desapego não é escapismo ou indiferença aos problemas do mundo. Aqueles que praticam Vipassana regularmente tornam-se mais sensíveis ao sofrimento dos outros e fazem seu máximo para aliviar tal sofrimento em tudo que podem — não com agitação, mas com a mente cheia de amor, compaixão e equanimidade. Aprendem a "santa indiferença" — como estar totalmente compromissados, totalmente envolvidos em ajudar os outros, enquanto, ao mesmo tempo, mantêm o equilíbrio mental. Dessa forma, permanecem pacíficos e felizes enquanto trabalham para a paz e a felicidade de outros.

Esse foi o ensinamento do Buda: uma arte de viver. Ele nunca estabeleceu ou ensinou nenhuma religião, nenhum "ismo". Nunca instruiu aqueles que o procuravam a praticar qualquer rito, ou ritual, ou alguma formalidade vazia. Ao contrário, ensinava-os a observar a natureza tal como ela é, observando a realidade interior. Na ignorância continuamos a reagir de maneiras que prejudicam a nós e aos outros. Porém, quando a sabedoria surge — a sabedoria de observar a realidade como ela é — esse hábito de reagir vai embora, desaparece. Quando paramos de reagir cegamente, então, somos capazes da ação verdadeira — ação proveniente de uma mente equilibrada e equânime, uma mente que vê e compreende a verdade. Tal ação poderá ser tão somente positiva, criativa e benéfica para nós e para os outros.

Logo, o que é necessário é “conhecer-se a si mesmo” — conselho dado por todo sábio. Precisamos conhecer a nós mesmos, não apenas intelectualmente, no nível teórico e das idéias; e não apenas emocional ou devocionalmente, simplesmente aceitando cegamente o que ouvimos ou lemos. Tal conhecimento não é suficiente. Mais do que isso, precisamos conhecer a realidade experimentalmente. Precisamos experimentar diretamente a realidade desse fenômeno físico-mental. Só isso nos ajudará a libertar-nos de nosso sofrimento.

Essa experiência direta de nossa realidade interior, essa técnica de auto-observação é chamada de meditação "Vipassana". Na língua da Índia, nos tempos do Buda, passana significava ver no sentido comum, com os olhos abertos; mas Vipassana é observar as coisas como realmente são, não como parecem ser. A realidade aparente tem de ser penetrada, até alcançarmos a verdade última de toda a estrutura física e mental. Quando experimentamos essa verdade, então, aprendemos a parar de reagir cegamente, de criar impurezas — e, naturalmente, as antigas impurezas serão gradualmente erradicadas. Tornamo-nos libertados de todo o sofrimento e experimentamos a verdadeira felicidade.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Respiração yogue e clareza mental

"Enquanto há respiração no corpo, há vida.
Quando a respiração partir, partirá também a vida. Por essa razão, discipline a respiração."
Hatha Yoga Pradipika - extraído deste texto yogue clássico, escrito pelo sábio Swatmarama, provavelmente entre os séculos 6o e 15o d. C..

O termo "disciplinar" a respiração relaciona-se ao pranayama, que siginifica conhecer e dominar o prana (bioenergia vital) e suas dimensões através do ritmo da respiração por práticas austeras e delicadas comumente chamadas de "exercícios respiratórios". A respiração humana é desregrada seguindo a inquietação das emoções e dos pensamentos dispersos. Quando o praticante aprofunda-se nesta prática dos pranayamas ocorre uma estabilização do prana, que poderíamos entender como menos desperdício desta energia vital, menos agitação interna dos sentidos, menos conflitos internos, mais concentração, mais calma, mais clareza mental.

Texto extraído do site: http://blogdoyogue.blog.uol.com.br/

sábado, 7 de março de 2009

Exercício para equilíbrio dos chakras

Esta visualização pode ser praticada todos os dias.

Sente-se numa posição confortável. Feche os olhos. Respire algumas vezes procurando relaxar o corpo. Aquiete-se. Apenas sinta sua respiração e seu contato com o chão. Sinta a partir da base do seu corpo a sua respiração subindo pela sua coluna e por dentro do seu corpo, e fluindo pelo topo da sua cabeça como uma cascata de luz ao seu redor. Enquanto você inspira, você traz energia da terra, levando luz por dentro do seu corpo até o topo da sua cabeça. E enquanto expira, a energia sai pela sua cabeça como uma cascata de luz por toda a circunferência do seu corpo. Inspire e preencha-se de vida, encontre extensão, expansão. Expire e encontre conexão com o chão, com a terra, aprofunde, relaxe, libere as tensões, deixe ir tudo que não te serve mais.

Comece a prestar atenção no chakra da base da sua coluna, e visualize a cor vermelha. É nessa área que desenvolvemos estabilidade, segurança, sobrevivência. Sinta-se completamente acolhido pela terra. Sinta que tudo que você precisa está em você e a sua volta. Sinta suas pernas absorvendo vitalidade, estabilidade, autoconfiança. Deixe que essa bola de luz vermelha se transforme em perfeição, bem onde seu corpo se conecta com a terra. Deixe que qualquer medo ou dúvida se dissolva. Então traga essa energia vermelha para cima, por dentro do seu corpo, até a cabeça e saindo como uma cachoeira a sua volta.

Volte sua atenção para o ponto um pouco abaixo do seu umbigo. Visualize a cor laranja. Essa é a região da criatividade, da sensualidade, das finanças. Veja você mesmo em perfeição. Veja essa luz laranja permitindo você estar bem, aceitando sua sensualidade, sua sexualidade. Deixe ir embora qualquer medo, culpa, vergonha. Libere qualquer padrão de repressão. E comece inspirar essa energia laranja para cima, passando pelo seu coração, sua garganta, e saindo como uma cascata pelo topo da sua cabeça.

Agora foque sua atenção num ponto um pouco acima do seu umbigo e visualize a cor amarela. Esse é o seu centro da vontade. Veja-se na sua verdade. Libere a necessidade de controlar. Tenha o entendimento de sua própria identidade. Deixe a luz amarela expelir qualquer dificuldade em saber quem você é. Apenas sinta. Libere qualquer necessidade de controle. E então traga a luz amarela para cima passando pelo coração, pela garganta e saindo pela sua cabeça numa cascata ao redor do seu corpo.

Leve sua atenção ao seu coração. Visualize uma vasta cor verde se expandindo pelo seu coração e pulmões. Sina amor incondicional e compaixão por você mesmo. Esse é o lugar onde nos conectamos com o mundo. Sinta-se banhado na energia de perdão. Sinta o amor mais profundo que você gostaria que alguém sentisse por você. E de esse amor para você mesmo primeiro. Enquanto você expira deixe essa energia se expandir em gratidão por toda célula, átomo, molécula. Espalhe essa luz até o topo da sua cabeça e deixe a energia fluir numa cascata ao seu redor.

Agora traga sua atenção a sua garganta. Visualize uma cor azul clara brilhante. Essa é a área em que nós comunicamos nossa verdade para o mundo. Deixe qualquer medo, inibições e julgamentos se dissolverem. Saiba que sua verdade está aí pronta para se expressar livremente. Deixe esse azul subir pela sua garganta, pela sua cabeça e sair como uma cascata sobre você.

Traga sua atenção para o seu terceiro olho, entre suas sobrancelhas. Visualize uma luz índigo, azul escuro, se expandindo. Essa é a região que nos conecta com nossa sabedoria interior, autoconhecimento, intuição. Se conecte com esse lugar que está além da realidade física. Veja-se capaz de se transformar. Saiba que nós criamos nosso destino, criamos nossa realidade com nossa mente. Permita-se alinhar com aspectos de você mesmo que são capazes de sentir outras dimensões, ver além dos 5 sentidos. Novamente deixe essa energia sair pelo topo da sua cabeça, todas as cores banhando e lavando seu corpo como uma cachoeira de arco-íris.

No topo da sua cabeça visualize uma cor lilás. Visualize uma coroa de 1.000 pétalas de lótus. Visualize-se numa qualidade majestosa. Saiba que é seu direito de nascença se sentir total, perfeito e completo. Sinta-se capaz de receber os presentes do universo. Veja-se nessa luz com todas as cores do arco-íris e aproveite sua infinita jornada interior.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Feliz na própria pele

A Yoga, ao contrário de outras atividades físicas, enfatiza a auto-aceitação, que é algo esquecido por aqueles que não gostam de seu próprio corpo.

A programação da nossa mente (eu não sou bonito(a) o suficiente, magro(a) o bastante, alto(a) o bastante) é construída ao longo dos anos até que ela se torna praticamente a única estação de rádio tocando na nossa cabeça. Por mais estranho que pareça, o corpo que nos mantém vivos, que nos nutre, começa a receber em retorno apenas o nosso desprezo.

A yoga não é um milagre, mas ela nos possibilita reconhecer o milagre no qual habitamos, nos possibilita mudar de um mundo que enfatiza a beleza física e a forma corporal ideal para outro mundo que nos ensina a honrar o poder que nosso corpo nos oferece.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

A fumaça de um incenso é pior do que a de um cigarro

Esta matéria foi retirada de um importante site de Yoga no Brasil: http://www.yoga.pro.br/artigos.php?cod=727&secao=3023

Caros navegantes yogis,
Namastê! Não faz parte da política editorial deste website republicar notícias veiculadas na mídia que possam estar relacionadas ao Yoga. Não obstante, neste caso, ficamos alarmados com esta notícia, uma vez que todos sabemos o quanto o uso do incenso é difundido nas escolas de Yoga.

É verdade que quase a totalidade dos incensos baratos que se conseguem no Brasil são tóxicos. Às vezes, nós sentimos fortes dores de cabeça que podem estar vinculadas com o uso destes incensos de qualidade duvidosa. Ao que parece, não se fazem mais incensos como antigamente.

Um pacote do incenso que nós trazemos da Índia para nosso uso pessoal, custa mais caro lá do que os incensos importados aqui. Não é um bom negócio, ao que parece, trazer incenso de boa qualidade, já que o preço ficaria proibitivo e a concorrência é grande.

A receita tradicional do agarbatti, incenso indiano em forma de vareta, que é o mais popular aqui no Brasil, inclui ingredientes como estrume seco, ghee, resinas nobres e ervas medicinais e aromáticas e um longo e lento processo artesanal de elaboração.

No entanto, comerciantes desonestos perceberam que nós aqui não entendemos muito do assunto e assim, fomos invadidos nos últimos tempos por uma enxurrada de incensos industriais que, quase sempre, deixam bastante a desejar. Não é pelo fato do incenso ser fabricado na Índia, que ele é necessariamente de boa qualidade.

Como solução alternativa para purificar ambientes, propomos o uso de aromatizadores elétricos ou com vela, que purificam o ambiente através da vaporização de óleos essenciais naturais. Mesmo assim, tenha cuidado na escolha desses óleos essenciais, pois alguns deles são químicos e podem produzir os mesmos efeitos tóxicos dos incensos de má qualidade.

Seguem abaixo as duas notícias publicadas respectivamente nos websites da Veja e da Folha de São Paulo.
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A fumaça de um incenso é pior do que a de um cigarro
Da Veja Online

Uma avaliação realizada pela Pro Teste, a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor, aponta que a fumaça de um incenso pode ser mais prejudicial à saúde do que a de um cigarro. Ao pesquisar os componentes da fumaça de cinco marcas, a associação observou que todos os produtos exalam substâncias altamente tóxicas.

Divulgado pelo jornal Folha de S. Paulo neste domingo, o teste revelou que, queimando um incenso todos os dias, por exemplo, a pessoa inala a mesma quantidade de benzeno contida em três cigarros – algo em torno de 180 microgramas por metro cúbico. O benzeno é uma substância cancerígena. Outro vilão encontrado no incenso foi o formol, altamente concentrado – cerca de 20 microgramas por metro cúbico –, que irrita as mucosas e provoca reações alérgicas em muita gente.

De acordo com a Pro Teste, o consumidor não sabe como os incensos são feitos e quais substâncias está inalando. Não há no Brasil nenhuma lei que obrigue os fabricantes e importadores do produto a informarem o comprador. Diz a reportagem do jornal que nas cinco marcas avaliadas (Agni Zen, Big Bran, Golden, Hem e Mahalakshimi), todas indianas, não há sequer o nome do distribuidor brasileiro na embalagem.

Preocupada com os usuários brasileiros que costumam queimar um incenso pensando que estão purificando o ambiente, a Pro Teste reivindica que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) faça um estudo sobre o impacto dos produtos na saúde. Pede ainda que a agência elabore regulamentação para a produção, importação e venda no Brasil.

Publicado originalmente em 9 de março de 2008 no website http://www.vejaonline.com.br/.

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Teste mostra que fumaça de incenso é prejudicial à saúde
CLÁUDIA COLLUCCI, da Folha de S.Paulo, em Brasília

Usado desde a Antigüidade com sentido de purificação e proteção, o incenso acaba de receber sinal vermelho da Pro Teste, a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor. Cinco marcas avaliadas mostram que daquela fumacinha, aparentemente inocente, exalam substâncias altamente tóxicas.

Queimando um incenso todos os dias, por exemplo, a pessoa inala a mesma quantidade de benzeno --substância cancerígena-- contida em três cigarros, ou seja, em torno de 180 microgramas por metro cúbico. Há também alta concentração de formol, cerca de 20 microgramas por metro cúbico, que pode irritar as mucosas.

As substâncias nem de longe lembram as especiarias aromáticas com as quais o incenso era fabricado no passado, como gálbano, estoraque, onicha e olíbano. Se há uma leve semelhança, ela reside na forma obscura da fabricação. No passado, o incenso era preparado secretamente por sacerdotes.

Hoje, o consumidor também não é informado como esses produtos são feitos e quais substâncias está inalando. O motivo é simples: por falta de regulamentação própria, os fabricantes de incenso não são obrigados a fazer isso.

Nas cinco marcas avaliadas (Agni Zen, Big Bran, Golden, Hem e Mahalakshimi), todas indianas, não há sequer o nome do distribuidor brasileiro na embalagem. Muito menos a descrição de quais substâncias compõem o produto. A Folha tentou localizar as empresas, por meio dos nomes dos incensos, mas, assim como a Pro Teste, não teve sucesso.

A avaliação foi feita a partir da simulação do uso em ambiente parecido com uma sala. Segundo a Pro Teste, foi medida a emissão de poluentes VOCs (compostos orgânicos voláteis) e de substâncias passíveis de causar alergias, como benzeno e formol. As concentrações foram medidas após meia hora do acendimento.

Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da Pro Teste e colunista da Folha, alerta que os aromatizadores de ambiente, como o incenso, são vendidos sem regulamentação ou fiscalização, o que representa perigo à saúde.

"Os consumidores pensam que se trata de produtos inofensivos, que trazem harmonia e, na verdade, estão inalando substâncias altamente tóxicas e até cancerígenas."

A Pro Teste reivindica que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) faça um estudo sobre o impacto dos produtos na saúde e elabore regulamentação para a produção, importação e venda no Brasil.

Consumidora
"Estou surpresa. Acendo incensos diariamente há 20 anos no momento em que faço minhas preces no altar budista que tenho na sala. É uma forma de agradecimento às divindades e de limpeza energética. Jamais pensei que eles pudessem fazer mais mal do que bem", diz Renata Sobreira Uliana, 49.

O resultado dos testes também surpreendeu os médicos. "Nunca li nenhum artigo científico a respeito disso, mas é um dado muito interessante, que vai fazer a gente repensar a forma de liberar esse tipo de produto", diz José Eduardo Delfini Cançado, presidente da Sociedade Paulista de Pneumologia.

Clystenes Soares Silva, pneumologista da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), explica que nem pessoas predispostas a desenvolver quadros alérgicos (como rinite e asma) nem pessoas saudáveis devem se expor aos incensos.
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Publicado originalmente em 9 de março de 2008 no website http://www.folha.com.br/

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Meditação andando


"Quando praticamos a meditação andando chegamos a todo momento.
Nosso verdadeiro lar é o momento atual.

Quando entramos profundamente no momento presente, nossas queixas e preocupações desaparecem, e descobrimos a vida, com todas as suas maravilhas.

Fazendo isso, superamos a dispersão e habitamos pacificamente no momento atual, que é o momento absoluto de conscientização para nós."

Thich Nhat Hanh
Mestre Zen vietnamita que mora na França em Plum Village