
O que é Yoga? É um esporte, uma atividade física, uma recreação, um hobby, uma religião? Ou é uma disciplina, como o estudo da lei ou a prática da medicina? Pode-se dizer que, de certa maneira, a prática da yoga se assemelha a todas essas atividades.
Com relação à religião, é importante diferenciar esta palavra de outro termo comumente associado a ela: espiritualidade. A espiritualidade tem a ver com a vida interior, o entendimento que cada um tem de si e de seu lugar no universo, que evolui constantemente – a “busca de sentido” da humanidade. Religião, por outro lado, pode ser vista como a contraparte externa da espiritualidade, a estrutura organizacional que é dada para o processo espiritual individual ou coletivo: os rituais, doutrinas, orações, cantos e cerimônias, e as congregações que se reúnem para partilhá-los.
Muitos ocidentais vêm para a yoga primeiramente pelos benefícios de saúde. Porém, com o tempo, a maioria das pessoas que se abrem à yoga começa a encontrar os benefícios de seus efeitos mais sutis sobre a mente e as emoções. Em outras palavras, começam a ver a yoga como uma prática espiritual. O fato de tantos yogis relatarem experiências espirituais em suas práticas indica como devemos olhar essa antiga arte. Porém, como na yoga não há credos, dogmas ou congregações, ela não pode ser chamada propriamente de religião.
Segundo Swami Sivananda, em seu livro Bliss Divine, "o Yoga não é uma religião, mas um auxílio à prática das verdades espirituais básicas em todas as religiões." Diz ainda que "a prática de Yoga não se opõe a nenhuma religião. Ela é puramente espiritual e universal. Não contradiz a fé sincera de ninguém. [...] O Yoga pode ser praticado por um Cristão ou um Budista, um Muçulmano, um Sufi ou um ateu."
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